Assumindo os Próprios Desejos
Perceba quantas vezes você quis falar algo, mas por medo de magoar alguém, não falou. Ou deixou de fazer alguma coisa que tanto queria, porque sua mente dizia: “isso não é correto, você não será bem visto!” Um último exemplo: você faz algo ou deixa de fazer, sempre em busca de equilíbrio e harmonia. Está, no fundo, fugindo do conflito e nem olha para aquilo que realmente deseja, aquilo que vibra dentro de si.
Pois é. Neste mundo social, acabamos nos guiando pelas vontades e crenças dos outros. Algumas destas crenças, estão tão enterradas em nosso inconsciente, que nem notamos sua presença. Às vezes, até acreditamos que são “nossas verdades”. Vou explicar. Por vezes, alguém quer muito casar e ter filhos. Isso é uma crença social. Existem pessoas que, no íntimo, não querem ter filho e nem relações estáveis. Outros lutam para enriquecer, quando o que mais querem é ter uma vida livre, de viajante e aventureiro. E por aí vai.
Assumir os próprios desejos exige não apenas autoconhecimento, mas coragem para não ser igual ao que as pessoas próximas dizem que é o correto. Não estou falando que é preciso confrontar aqueles que não apoiam seus desejos, porque eles fazem o que acham certo. Mas você precisa assumir quem é, o que quer fazer, e bancar a escolha. Pode cair e quebrar a cara? Claro! Isso é viver! E mesmo as pessoas que não arriscam, também caem e se machucam. Viver, acertar e errar é parte inerente à experiência de estar vivo.
Mas existe uma diferença: aquele que arrisca em direção àquilo que acha o correto, preenche a própria vida de motivação. E inspira outros. Já aquele que não olha para si, e segue o piloto-automático, mesmo que conquiste coisas, no fundo vive frustrado. Sabe por quê? Porque não está colocando o melhor de si para o mundo. Somente está vivendo o script de outros. Bem… sempre é tempo para se conscientizar. Aprender a lidar com o medo da exclusão… E buscar os próprios caminhos…
Alex Possato