A consciência que leva ao crescimento
Mês passado fiz um post falando sobre uma frase sistêmica. “Eu te machuquei, você me machucou. Somos iguais!” Mal percebi que estava vivendo, desde alguns meses, um período de situações onde algumas pessoas vieram me cobrar coisas antigas. Todos com razão, embora eu possa tentar justificar de inúmeras formas. Lembro-me de um mestre espiritual que dizia: abriu-se um portal para trabalharmos determinado assunto. Vejo isso na minha vida, quando ocorre uma série de situações repetitivas, que exigem que eu olhe para um determinado ponto. Por exemplo, a minha agressividade. Ou a morte. Talvez o nascimento. A prosperidade. Quem sabe, o fracasso. A frustração. O prazer. O corpo. A falta de motivação. A inveja… E por aí vai… Quem tem olhos de ver…
Quando falamos em trabalho interior, mesmo que tenhamos justificativas para nosso comportamento (sempre temos!), somos também responsáveis pelas consequências dos nossos atos. Ouvir àqueles que machucamos é difícil. Reconhecer, ou pelo menos perceber internamente a dor que causamos, com ou sem justificativas, nos faz crescer. Saímos do jogo infantil de pular fora da responsabilidade ou apontar o dedo para alguém ou algo e dizer: não foi minha culpa! Foi ele!
A constelação ensina: fomos nós. E também não fomos, afinal, seguimos padrões aprendidos. A grande sabedoria sistêmica nos diz para sairmos do jogo da vítima e algoz. Somos os dois, nenhum dos dois, e muito mais! Ter consciência disso tudo, nos leva ao crescimento. À compreensão. À gratidão e ao amor. E como diz Bert Hellinger, este tipo de amor não é o amor infantil. É um amor que possui peso. Dói, mas também, eleva. Ilumina e preenche a alma. É o amor do adulto. Que assume tudo o que foi. Tudo o que é.
Alex Possato