A força masculina
Por Alex Possato

A força masculina

Você lembra a história de Édipo? Que é um mito grego emprestado por Freud para descrever a relação doentia que um homem tem com a própria mãe, levando-o a combater o pai, a querer casar com a mãe e, no fim… é aquela tragédia! No mito, Édipo realmente casou com a mãe, teve quatro filhos, assassinou o pai e, quando tudo foi descoberto, Jocasta, sua mãe, se suicidou. E Édipo perfurou os próprios olhos. 

Quis trazer a força deste mito para que nós, homens, entendamos que muitas vezes estamos movidos pela necessidade de reconhecimento e cuidados da nossa própria mãe, e para isso, usaremos a força e a raiva para matar o masculino que há em nós. Literalmente, nos tornamos impotentes, e ao final, cegos. Usaremos as mulheres que se aproximarem para que elas cuidem de nós. E estas mulheres estarão também carregando o complexo de Édipo feminino, que é uma ligação distorcida em relação ao pai e ódio ou competição em relação à mãe. Logo, elas não conseguirão cuidar tão bem e terão dificuldade de agregar, manter a família unida.

Hellinger explica estas duas situações como “o filhinho da mamãe” e a “filhinha do papai”. O caminho terapêutico é o homem cortar os vínculos de dependência em relação à mãe e a mulher cortar os vínculos de dependência em relação ao pai. Estes vínculos são internos, e não externos. É preciso investigar a carência e consequente raiva que sentimos dos nossos progenitores, para que possamos arcar com as dores da nossa criança abandonada e ferida, e nós mesmos, como adultos, cuidarmos dela. Assim, deixamos de delegar os cuidados a um homem ou mulher, e desta maneira, poderemos estabelecer relações adultas e sadias, sem traços de co-dependência.

Alex Possato

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