Por Alex Possato

Distúrbio de fala nas crianças:

Neste final de semana realizamos o módulo Movimento do Espírito, no curso de formação para consteladores, em São Paulo. Um dos temas trabalhados, a partir de uma questão de um dos alunos, foi o distúrbio na fala. Distúrbio, no meu entendimento, não é somente sintomas físicos, mas também a incapacidade de se comunicar, se expressar, colocar a própria opinião. Recebo muitos alunos assim. E ainda mais hoje, com a proliferação da expressão através das mídias sociais, grande parte das pessoas não se sente à vontade para “falar”.

No caso do nosso aluno, havia um segredo de família. Onde foi estabelecido um pacto: ele não falaria para ninguém da família. Mas nem sempre este pacto é tão claro. O pai de uma amiga lutou na guerra, e na volta, se recusava a falar o que havia feito, o que havia vivido, como fora a experiência… Minha avó, embora tivesse enorme dor em relação ao meu bisavô, seu pai, a ponto de tirar o seu sobrenome da própria identidade, ficava sempre irritada quando eu, criança que era, perguntava o que acontecera… Recebo clientes que sabem de casos extraconjugais do pai ou da mãe, às vezes são até convidados para se tornarem cúmplices da história, e não podem nem devem comentar isso para ninguém. Lembro-me de outro caso onde um assassinato foi acobertado, o corpo escondido e todos deveriam guardar eternamente o segredo… Quantas vezes os pais não se amam, continuam casados, todos sabem disso, mas nada é falado? São só exemplos de tantos e tantos segredos que ficam entupindo nossa “garganta”… Atrapalhando a nossa expressão…

Em algum momento, é importante deixarmos de ser cúmplices do pai ou da mãe. Parar de ser “amiguinho” ou confidente deles… Termos clareza dentro de nós: papai tinha uma amante. Mamãe odiava papai. Vovô escondia o dinheiro da vovó. Mamãe flertou com o vizinho. Ter clareza não quer dizer falar as verdades para eles. É falarmos as verdades para nós. E deixarmos os segredos para eles carregarem. Com firmeza, colocar a intenção de não mais carregar as mentiras, os enganos da família. Sair do jogo. E comprometer-se com a verdade.

Alex Possato

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