Meu Adversário Sou Eu Mesmo
Pensando nas polarizações que estamos vivendo no mundo, hoje, encontrei este texto de Hellinger, que me ajuda a perceber como agir, e ao mesmo tempo, como acolher os adversários (internos e externos) que não compreendo ou não aceito em meu coração. Quer dizer, como usar da vida e dos conflitos cotidianos como forma de autodesenvolvimento pessoal, moral e espiritual. Hellinger explica assim: “Quando luto contra isso, o que está oculto para mim se oculta mais ainda e essa
parte que é minha se afasta de mim. E assim a luta contra aquilo que vem contra mim deixa a minha alma mais estreita. Fico fora de mim, me afastando de algo que me pertence. Quanto mais fora de mim eu fico e luto contra aquilo que me contraria, com o tempo, tanto mais me prenderá e o resultado será uma união maior com ele e, no final, assustado, o verei como parte minha, sim, como eu mesmo. Então, com o meu adversário chego a mim mesmo, me reconcilio com ele e com ele me transformo na pessoa que eu já era, contudo, agora purificado e modesto, querendo o meu outro lado.
Então, cresço através de meu adversário, e ele cresce através de mim, embora lutemos um contra o outro.
Aqui também é verdade: a guerra é a origem de todas as coisas. É a minha origem que me transforma naquilo que serei.
Entretanto, nessas guerras existem perdedores também. São aqueles que procuram a paz sem o conflito. Para eles, a paz é o verdadeiro adversário. Contudo, esse mesmo adversário os ajuda a se encontrar.”
Alex Possato