Nós somos queridos!
O ego passa sua existência tentando provar a si mesmo que não é visto, não é abraçado, não é querido. Alimentamos uma história que justifica nossos comportamentos, nossos medos, nossa personalidade, e acreditamos fielmente nela. A passagem da minha mãe, na última sexta-feira, trouxe-me mais uma lição a respeito disso. Ela era muito querida, embora na sua conversa, não reconhecesse. Muitas e muitas mensagens, pessoas contando histórias onde ela esteve presente, sempre inspirando comportamentos, incentivando, apesar de todas as dificuldades que possuía. E da mesma maneira que, talvez, ela não notasse o quanto era importante na vida de outros, eu igualmente fico imaginando este senso de “não importância” em mim. Seria muito bonito se fosse humildade: ah! Eu não ligo para os elogios! Mas não é isso… no fundo, é um sentimento desconectado: eu não sou importante! Esse sentimento separa, ao invés de unir. Tudo aquilo que vem em nome do amor, une, ao invés de separar. Logo, ao se identificar com a própria história e os próprios sentimentos, nos isolamos dos outros seres humanos. Olhamos tudo através de um prisma muito limitado. E no fundo, irreal…
Obrigado por mais esta lição, mamãe: nós somos muito queridos!
Alex Possato