Por Alex Possato

Os dois “fazeres”

não fazer

Muitos dizem: eu não sei o que fazer! Onde ir! Sinto-me frustrado… impotente… infeliz… Talvez estas pessoas estejam muito perto de entender que, embora possamos conquistar muitas coisas, nada disso nos torna mais preenchidos. Sonhos realizados são ótimos. Porém, o prazer da vitória passa muito rápido. E novamente caímos no vazio… A mente dominada pelo fazer compulsivo, pelo retroalimentar de objetivos e planos, vicia-se nos picos de adrenalina que uma vida de competição impõe. E assim como qualquer vício, os picos de depressão são inevitáveis. A Mãe sábia, dentro de mim, diz: pare! Pare agora. Olhe para as pessoas que estão em sua volta. Observe o canto dos pássaros. O latir do cachorro. O silêncio desta manhã. O céu em seu tom cinza. Sinta seu coração. Cuide de si, da sua mente, do seu corpo. Não faça nada. Deixe surgir uma ação espontânea. Aja deste lugar. Ou contemple o não-fazer.

Existem dois “fazeres”. O fazer vindo desta mente compulsiva, cansa. Já o fazer que brota do silêncio, do não-foco, da não-vontade, da não-intenção, surge com uma pureza quase infantil, e tal qual a alegria genuína de uma criança diante da novidade, se torna prazer, fluidez, suavidade… Temos medo deste não-fazer. Temos muito medo de perder o controle. De permitir que Algo Maior faça os planos por nós. Não percebemos que, na realidade, os planos já estão traçados. E que às vezes, o nosso fazer compulsivo encobre aquilo que realmente deveria ser feito. Quando redescobrirmos a magia de simplesmente cumprir os desígnios supremos, veremos a vida se preencher de significado. Isso é instantâneo. Aqui e Agora. O banquete já está pronto, e o Pai, aguardando o nosso retorno à casa…

Alex Possato

 

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