Relacionamento de verdade
“Aprenda a se amar.
O amor que descobrir em si,
será o mesmo amor que
encontrará no outro”
A grande questão não é ter ou não ter alguém ao seu lado. O desafio é estar aberto para amar. Desarmado. Disposto a descobrir o seu lugar, estabelecendo limites, mas também propenso a ceder quando necessário. Entendendo que nem você e nem o outro sabem o que é amar de verdade.
Muitos casais estão juntos, mas fechados um ao outro. Defendem-se, por medo de que suas feridas mais íntimas sejam reveladas. Seus traumas referentes à desconfiança do sexo oposto, humilhação, abandono, pobreza, agressividade, manipulação, infidelidade, vícios não assumidos, travas sexuais, enfim, traumas herdados do seu sistema familiar, sejam expostos. Acreditam que a relação acabaria, dessa forma.
Mas eu acredito: só existe relação onde há verdade.
Relação implica troca. E coragem e maturidade para ter compaixão pelo trauma do outro. Saber ouvir quer dizer não levar nada pelo lado pessoal. O outro não faz nada contra você. Nem a favor. São hábitos aprendidos. Que podem machucar, sim. Mas não é este o propósito.
A verdade necessita que cada um assuma a sua própria responsabilidade. E além disso, que aprenda a fazer da vida uma celebração.
Afinal, relação nenhuma sobrevive somente de revelações profundas. DR o tempo todo é um saco.
Não há lugar a chegar, quando se está num relacionamento. Ou se aprende a conviver aqui e agora com ele (ou ela), ou estará vivendo a neurose do amor romântico, que acredita em paixão eterna, contos de fadas e princesas.
Um relacionamento de verdade não é tão romântico. Mas não precisa ser tão desastroso e destrutivo, como grande parte das relações hoje em dia.
A verdade é nua e crua. Nem por isso, deixa de ser preciosa e desejável.