Se libertando dos padrões familiares
Olho para nosso desenvolvimento pessoal a partir de 4 ciclos. A criança, que aprende a fazer tudo por imitação – incluindo carregar pesos e sofrer. O adolescente, que se rebela contra tudo o que foi ensinado, buscando encontrar a si mesmo, seus grupos, suas vocações. O jovem, que começa a sair da rebeldia e volta um pouco aos desejos da família, aos moldes sociais e aos “certos” que estão gravados no inconsciente. E a pessoa madura, que percebe que muitas das coisas que aprendeu, não precisam mais serem seguidas. Outras, talvez, façam parte de si, mas podem ser vividas da própria forma, e não exatamente como os pais e avós viveram e ensinaram. Na maturidade – quando conseguimos alcançar esta fase (e nem todos conseguem!) estamos livres dos padrões que nos aprisionam, e conscientemente, escolhemos o próprio caminho. E assumimos as consequências deste caminho. Fazemos as coisas sem confrontar nada do passado. Ao contrário: temos muita gratidão por tudo o que foi vivido. Tudo o que foi aprendido. E como não somos mais crianças, não precisamos dizer “amém” a tudo, a todos, nem pedir autorização para papai e mamãe. E também, como não somos adolescentes, não precisamos mostrar nossa rebeldia e inconformismo. E também não somos tão jovens, e sabemos que muitos caminhos não têm sentido e não nos levarão à felicidade e à realização.
Estar maduro é viver, ao mesmo tempo, com a liberdade e a limitação. Os sonhos e a desilusão. O poder de ser o que se é, sem tentar convencer ninguém. A capacidade de ir, ao mesmo tempo em que se carrega a culpa por deixar pessoas e situações. É buscar acertar, sabendo que irá errar, e não haverá ninguém para condenar, a não ser, você mesmo. E tudo bem que seja assim.
Nossos ancestrais têm orgulho de nós, quando assumimos nossos caminhos. Quando nos assumimos. Eles sorriem, e seguem conosco.
Alex Possato